Historia dos videntes da virgem maria em la salete - França.

Melanie Calvat 


Melanie Calvat nasceu em Corps, aos 7 de novembro de 1831, no seio de uma famlia numerosa. 
O pai, Pedro Calvat, conhecido como serrador, na verdade aceita qualquer tipo de trabalho.
 A mãe, Julia Barnaud, lhe dá dez filhos. Melnia é a quarta. 
A família é tão pobre que às vezes, as crianças eram mandadas a mendigar. 

Criança ainda, Melania é "empregada" para tomar conta de vacas junto a camponeses da região.

 Desde a primavera de 1846 até o fim do outono, êi-la na casa de João Batista Pra, em Ablandins, um dos pequenos povoados da aldeia de La Salette.

 O vizinho de Pra se chama Pedro Selme, ele que contratou por uma semana somente, o irrequieto Maximino para substituir um pastor adoentado. 

Diante desse extrovertido, Melania, tímida e taciturna, se mantém reservada. No entanto, as duas crianças têm algo em comum..., sem assim se pode falar! Nascidas em Corps, onde residem as respectivas famlias, não se conhecem porém, dadas as prolongadas ausências da pastora. 

Ambos falam o dialeto local, e só conhecem algumas palavras do francês. Nem escola, nem catecismo. Não sabem ler nem escrever. O pai de Melania vive à procura de serviço. A mãe anda sobrecarregada de trabalho por causa da família numerosa. Não há lugar para o afeto, e se há, é muito pouco. 
No dia da Aparição, o que caracteriza Melania e Maximino é a pobreza: pobres de bens, pobres de saber, pobres de afeição. 

O fato é que são inteiramente dependentes. São como "cera virgem" que o evento marca definitivamente com seus sinais, respeitando porém suas personalidades. 

Melania, na verdade, muito diferente de seu companheiro Maximino. Vive na casa de estranhos e só convive com a própria família durante os difíceis meses de inverno, quando a fome e o frio sobrevém. 

casa da vidente Melanie Calvat
Não é de estranhar pois que seja tímida e introvertida. - "Suas respostas eram simplesmente Sim ou Não", afirmava seu patrão, João Batista Pra.

 Depois do fato, ela responde com clareza e simplicidade as perguntas relativas ao evento de La Salette. Permanece durante quatro anos junto às Irmãs da Providência. Tem pouca memória e ainda menos aptidões que Maximino, para os estudos. 

A partir de novembro de 1847, sua diretora já temia que Melnia "não tirava proveito da posição que o evento lhe havia dado". Tornando-se postulante e, a seguir, noviça nessa mesma Congregação, objeto de atenção e condescendência da parte de numerosos visitantes, ela se otm às próprias opiniões. Por isso, o novo Bispo de Grenoble, reconhecendo, embora, sua piedade e devotamento, recusa-se a admiti-la aos votos "para formá-la... na prática da humildade e da simplicidade cristãs". 

Infelizmente, Melnia dá ouvidos a pessoas "inquietas e doentias", imbuídas de profecias populares, de teorias pseudo-apocalípticas e pseudo-místicas.

 Isso a marca pelo resto da vida. Para dar crédito a tais afirmações, ele as rel luz do segredo que recebeu da Bela Senhora. O mais simples exame do que afirma e escreve, mostra já as diferenças irredutíveis aos sinais e palavras de Maria em La Salette. 

Melania, seus problemas e fantasias, tornaram-se o centro de seu discurso. Através de suas profecias, acerta as contas com aqueles que opõem alguma resistência a seus projetos. Assim manisfesta sua recusa a sociedade ou ao meio ambiente em que encontra problemas. 

Recria um passado imaginário onde são exorcisadas as frustações de que foi vítima na infância. Já em 1854, Dom Ginoulhiac escrevia:- "As predições atribuídas a Melania... não têm fundamento, não têm importância em relação ao Fato de La Salette... são posteriores a esse mesmo Fato e nenhuma ligação tem com ele". 

E observa: - "Deixou-se a maior liberdade as duas crianas para se desmentirem, e elas não mudaram seu falar a respeito da verdade do fato de La Salette". Nessa tica, Dom Ginoulhiac proclamar a 19 de setembro de 1855, sobre a Santa Montanha:
"A misso dos pastores findou, e da Igreja começa".


Infelizmente, Melania prossegue em suas divagações proféticas, orquestradas mais tarde pelo talento fulgurante de Leon Bloy ao criar uma corrente "melanista" que pretende se ligar a La Salette, mas que não tem outra base senão as incontroláveis afirmações de Melania.

 Está muito longe dos fundamentos históricos da Aparição. Quanto ao conteúdo, apesar do verniz religioso, nada tem praticamente a ver com as verdades da fé da Igreja, relembradas por Maria em La Salette.

Deixa-se o campo da fé para ir-se ao campo instável, constestável e estéril das crendices. Esse tipo de literatura se distancia da fé em vez de favorecê-la.

Em 1854, um sacerdote inglês leva Melania a Inglaterra.
 No ano seguinte, ela entra no Carmelo de Darlington, onde faz profissão temporária em 1856, deixando-o porém em 1860.

Faz outra tentativa junto as Irmãs da Compaixão, de Marselha. Depois de uma estadia na casa delas em Cefalnia, na Grécia, e de uma passagem pelo Carmelo de Marselha, retorna às Irmãs da Compaixão por pouco tempo.

Depois de alguns dias em Corps e em La Salette, estabelece-se na Itália, em Castellamare di Stabia, perto de Nápoles. Ali permanece durante dezessete anos, escrevendo seus "segredos" e a regra para uma eventual fundação.

O Vaticano solicita ao Bispo da Diocese que a proíba de publicar este tipo de escritos, mas ela procura obstinadamente outros apoios e o imprimatur, até mesmo junto ao chefe do Sacro Palácio, Dom Lepidi.

Isso não significa uma aprovação, nem mesmo velada. Além disso, a autoridade a que Melnia se refere não é competente. Depois de uma estadia no sul, em Cannes, reencontramos Melania em Chalon-sur-Sane onde, sempre em busca de uma fundação, sustentada pelo Cônego de Brandt d"Amiens, suscita uma querela com Dom Perraud, Bispo de Autum. 

Melanie com 70 anos de idade

A Santa Sé entra na questão e dá razão ao Bispo. Em 1892, retorna a Itália, perto de Lecce, depois em Messina, na Sicília, mediante convite do Cônego Anibal di Francia.

Depois de alguns meses no Piemonte, estabelece-se na casa do Pe. Combe, Proco de Diou, no Allier, um sacerdote apaixonado por profecias político-religiosos. Ali conclui uma autobiografia, no mínimo romanceada, onde reinventa para si mesma, uma infância extraordinária, mesclada de considerações pseudo-místicas, reflexo de suas próprias fantasias e das quimeras de seus correspondentes.

As mensagens que então Melania emite e quer ligar a La Salette, nada em verdade, tem a ver com seu testemunho primitivo a respeito da Aparição.

Aliás, quando se toca no fato de 19 de setembro de 1846, ela reencontra a simplicidade e a clareza de sua primeira narrativa, em plena concordância com a de Maximino. E isso, de maneira constante.

Assim foi quando de sua passagem sobre a Santa Montanha, a 18 e 19 de setembro de 1902. Retorna ao sul da Itália, em Altamura, perto de Bari.

Ali morre aos 14 de dezembro de 1904. Repousa sob uma lápide de mármore na qual um baixo relevo mostra a Virgem acolhendo a pastora de La Salette, no céu. Uma coisa é certa: ao final de todas as suas andanças, há um ponto sobre o qual Melania jamais mudou: o testemunmho que, com Maximino, ela deu na tarde de 19 de setembro de 1846, na cozinha de João Batista Pra, em Ablandins, e durante toda a investigação conduziada por Dom Felisberto de Brillard, retomada e confirmada pela de Dom Ginoulhiac.

Numa vida difícil, Melania permaneceu pobre e piedosa, fiel sempre a seu primeiro testemunho.

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